domingo, 25 de setembro de 2011

Tietar ou não tietar, eis a questão!

O basquete em Brasília/de Brasília (os vínculos não são tão fortes e definitivos ainda, eu acho...) tem a sorte de contar com a presença de Guilherme Giovannoni, João Viana "Pipoca" (que está fazendo um ótimo trabalho com as Vilas Olímpicas), entre outros.

E Giovannoni vem cumprindo seu papel de um jeito diferente, novas propostas, velha tentativa. Disseminar o basquete. 

Além de abrir uma escolinha (GG12), Guilherme criou o Festival de Basquete, realizado neste sábado - 24/09. Dispondo de uma boa estrutura, logo imaginei milhares de crianças, ginásio lotado, digno de quem nos ajudou a sonhar e realizar Londres 2012. Mas a divulgação não foi das melhores, ou o acesso (Asa Norte) foi ligeiramente complicado, ou o fato de estar vinculado à GG12, que tem valores acima da média, afastou alguns pais que desconheciam o projeto e não pretendiam matricular seus filhos. Vai entender! Nessas horas tenho dificuldade em processar os 18 mil que assistiram ao jogo 4 da final do NBB 2010/11. Mas isso é outro assunto...

Sim, o valor da mensalidade não é dos mais baratos, assim como o ingresso para assistir aos jogos do NBB (R$ 20,00). Mas muitos pais sequer sabem que crianças de até 12 anos não pagam para assistir as partidas do Brasília. E por desinformação, imagino, alguns pais perderam a oportunidade de proporcionar aos filhos esse contato com alguém apaixonado por basquete, que, mesmo atendendo ao objetivo lucrativo necessário ao esporte (divulgando sua escolinha), conseguiu oferecer um encontro único, gratuito, com crianças que se divertiram com o mosquitinho. Isso mesmo: Giovannoni mais parecia o mosquitinho que sua esposa, Gabriela, descreveu aqui, picando todo mundo e divertindo até os mais sérios. 


E o Festival só começou. De acordo com o jogador, encontros semelhantes serão realizados duas vezes por ano. E criança sabe valorizar seus heróis. A propaganda infantil, provavelmente, levará um número maior de apaixonados para o próximo evento. 

Para os participantes, brindes, sorteios de camisas autografadas e uma bolsa para a escolinha, que, pasmem, meu filho ganhou!!!


E nessa história toda, tinha que me comportar como mãe e não tietar o jogador da Seleção Brasileira que ajudou na vitória contra a Argentina e nos levou de volta à Olimpíada! Muito discreta, ao final das atividades, levei minha camisa do Uniceub/BRB para o tradicional autógrafo e falei bem baixinho, contida: obrigada por Londres. Mas digo que por dentro estava gritando: aaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhh!!!!!!! Vamos para Londres!!!!!!!!

Obrigada Giovannoni, por mais esse presente que você, junto com todos os participantes dessa história do basquete brasileiro, nos ofereceu.

Detalhe: durante o Pré-Olímpico, os compromissos em dias de jogos eram cancelados. Em um determinado momento, meu filho questionou: Mãe, se tivesse que escolher entre seu filho e uma sala cheia de TVs passando jogos de basquete, o que escolheria?
Eu respondi: é valendo vaga para a Olimpíada?
Brincadeirinha!!!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Oportunidade aproveitada, trabalho bem feito!

Um dia antes do jogo (agora é "O" jogo, entrou para a história do basquete brasileiro) de 7 de setembro, escrevi o seguinte comentário no blog Bala na Cesta: "A palavra de ordem amanhã será oportunidade, aproveitar a oportunidade. Os hermanos erram e o adversário esperto aproveita. Ainda não conhecemos o adversário esperto… Quem sabe amanhã?"

Escrevi, mais motivada pelos jogos da Argentina do que do Brasil. A expectativa de encontrar o basquete bonito está em todas as partidas da Seleção Campeã Olímpica. Mas a realidade é a mesma em qualquer esporte: todo mundo erra! Pouco, muito, vez ou outra... mas todo mundo erra. E fiquei imaginando quem seria esse time inteligente (vai além da sorte, o aproveitamento diante do erro adversário) que não perderia a oportunidade de controlar o jogo dos argentinos.

O jogo mesmo, ao vivo, perdi! Mas o VT estava lá, mais fácil até para analisar a partida. E diferente do que pensei, não foi só a Argentina que errou. O Brasil errou demais! 1º e 2º quarto são válidos apenas para descrever (ou ao menos tentar) o que estava acontecendo em quadra: dois times procurando espaço, algumas precipitações, ansiedade, medo?! Tudo bem, pode ser mérito da defesa. Mas acredito mais na tensão do jogo!

Tensão por todos os lados.

Alex tentando de qualquer jeito entrar no garrafão e resolver. Conseguiu no primeiro momento do último quarto! Ufa! Mas sua defesa, imagino que foi perfeita, porque eu procurava o Ginobili em quadra e não via. Benite não conseguiu o mesmo efeito.

Marquinhos foi ótimo porque não apresentou a insegurança que vimos em algumas partidas e espero que não mais (isso é regularidade).

Tiago é sempre Tiago. Finalmente ele descansou! As teorias da conspiração para descobrir o que aconteceu com o Splitter são inumeras, mas imagino que seja só volume de jogo. Quem acompanhou os Spurs sabe disso e sofreu junto com ele ao ver seus minutos de partida, quando e se entrava em quadra. Ele sempre fez muito por esse time (e vai fazer mais), só que agora teve companhia para dividir a carga, e isso pode até ser determinante para seu comportamento em quadra.

Huertas dispensa comentários. Sempre penso em como seria bom encontrar seus pais um dia e poder agradecer por esse presente! Quanta personalidade. É admirável, sempre!

Quero falar um pouco mais do Giovannoni. Nessa seleção adulta desde 2000, um jogador cheio de qualidades e sempre muito criticado por pessoas, imagino, como eu, que assistem, acompanham, registram suas opiniões em blogs, mas que parecem não enxergar o trabalho e dedicação que esse jogador disponibiliza para o Brasil. Tudo bem que ele não é a estrela, mas cumpre seu papel, veste sua camisa, vibra e joga bem, como assim fez ontem em momentos importantes. Dividiu os rebotes com Rafael, aliviando um pouco o Tiago.

Mas o trabalho bem feito mesmo veio de Magnano. Os jogos anteriores do Brasil tiveram uma grande rotação da equipe. Chegava a ser irritante o troca troca de jogadores em momentos bons, quando uma vantagem poderia ser conquistada, e logo o rendimento mudava e as oscilações aconteciam. Nesse Brasil e Argentina foi diferente. Ele manteve o que funcionou, e isso, para a minha ignorância, me permite dizer que sim, ele sabe muito bem o que deve ser feito e como deve ser feito. O time ganhou confiança, o banco ganhou confiança e a torcida ganhou a oportunidade de acreditar em Londres 2012. Inteligência é para poucos.

Quanto ao Scola, imagino que os argentinos pensaram como nós: ele resolve, contra o Brasil ele resolve. E a responsabilidade foi depositada dessa forma, e correspondida. Em jogo anterior, contra a Venezuela, Scola fez 17 pontos, 4 rebotes. Contra o Brasil, 24 pontos e 11 rebotes. Ele tentou, errou, e Rafael aproveitou.