quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Vasco da Gama City

Vasco da Gama City. Foi assim que comecei a viagem para Vasco x Flamengo. Graças ao gol do Bernado contra o Fluminense, comprei as passagens para o Rio (Webjet). Sábado, após o embarque, não pude deixar de ouvir o comissário descrevendo a correria de seu dia assim que chegássemos ao RJ. Ele falou sobre um show, banda e sobre o clássico de domingo. O comissário é o Ronald, conhecido por sua apresentação diferenciada. Mas o legal mesmo era o Ronald vascaíno, descrevendo como conseguiu seu ingresso para o jogo, em cima da hora, com um amigo. O fim de semana transbordava Vasco e a ansiedade era grande. 


O domingo foi de concentração. Para chegar ao Engenhão, primeiro metrô, depois trem. Durante o percurso, passamos próximo ao que sobrou do Maracanã. Inevitável não pensar em como é incompleto seguir para o clássico longe do Maracanã. A descida, na Estação Engenho de Dentro, é logo na entrada da torcida do Flamengo. O que explica a maioria de flamenguistas aos gritos durante todo o trajeto do trem. Os vascaínos que se utilizaram desse transporte para chegarem ao jogo, assim como eu, foram camuflados, com suas camisas guardadas e ouvindo as cantorias da torcida rubro-negra... Um belo aquecimento. O mais legal, após dobrar a esquina, seguindo para a entrada dos torcedores do Vasco, é ver a transição das cores. Sair do mar vermelho e preto e enxergar o preto e branco foi um alívio!

O jogo foi o que todos viram. Mas a emoção foi completa e única. O tempo do jogo é diferente. Na verdade, tudo é diferente do que a realidade da TV apresenta. A velocidade, a visão do jogo, a torcida adversária (que sabe fazer uma festa visualmente bonita). E a minha torcida, é claro! Ainda escuto os gritos como se estivesse lá. 
Na hora do gol, abraços!!! Não importa quem você conhece, o abraço é de irmão. Família Vascaína.


Depois do fim... Não teve necessariamente um fim. Era possível perceber a bola parada, os jogadores se retirando do campo, a torcida do Flamengo indo embora... Mas para o Vasco não teve fim. Os gritos de vitória continuaram! Não ganhou mas não perdeu? Empatou mas é Campeão? A incoerência das informações era insignificante diante da emoção da torcida. Depois de tanta luta.


Ali, em meio a cantoria, lembrava sempre do comissário Ronald. Sabia que ele estava lá. Vasco da Gama City. Ronald terminou sua apresentação de sábado cantando uma música para os passageiros. A música ficou em minha cabeça durante todo o fim de semana e principalmente ali, domingo, meu primeiro clássico in loco, a realização de um sonho e a confirmação de uma paixão. 

"É hoje o dia da alegria

E a tristeza, nem pode pensar em chegar"





PS.: Valeu Bi!