quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Oportunidade aproveitada, trabalho bem feito!

Um dia antes do jogo (agora é "O" jogo, entrou para a história do basquete brasileiro) de 7 de setembro, escrevi o seguinte comentário no blog Bala na Cesta: "A palavra de ordem amanhã será oportunidade, aproveitar a oportunidade. Os hermanos erram e o adversário esperto aproveita. Ainda não conhecemos o adversário esperto… Quem sabe amanhã?"

Escrevi, mais motivada pelos jogos da Argentina do que do Brasil. A expectativa de encontrar o basquete bonito está em todas as partidas da Seleção Campeã Olímpica. Mas a realidade é a mesma em qualquer esporte: todo mundo erra! Pouco, muito, vez ou outra... mas todo mundo erra. E fiquei imaginando quem seria esse time inteligente (vai além da sorte, o aproveitamento diante do erro adversário) que não perderia a oportunidade de controlar o jogo dos argentinos.

O jogo mesmo, ao vivo, perdi! Mas o VT estava lá, mais fácil até para analisar a partida. E diferente do que pensei, não foi só a Argentina que errou. O Brasil errou demais! 1º e 2º quarto são válidos apenas para descrever (ou ao menos tentar) o que estava acontecendo em quadra: dois times procurando espaço, algumas precipitações, ansiedade, medo?! Tudo bem, pode ser mérito da defesa. Mas acredito mais na tensão do jogo!

Tensão por todos os lados.

Alex tentando de qualquer jeito entrar no garrafão e resolver. Conseguiu no primeiro momento do último quarto! Ufa! Mas sua defesa, imagino que foi perfeita, porque eu procurava o Ginobili em quadra e não via. Benite não conseguiu o mesmo efeito.

Marquinhos foi ótimo porque não apresentou a insegurança que vimos em algumas partidas e espero que não mais (isso é regularidade).

Tiago é sempre Tiago. Finalmente ele descansou! As teorias da conspiração para descobrir o que aconteceu com o Splitter são inumeras, mas imagino que seja só volume de jogo. Quem acompanhou os Spurs sabe disso e sofreu junto com ele ao ver seus minutos de partida, quando e se entrava em quadra. Ele sempre fez muito por esse time (e vai fazer mais), só que agora teve companhia para dividir a carga, e isso pode até ser determinante para seu comportamento em quadra.

Huertas dispensa comentários. Sempre penso em como seria bom encontrar seus pais um dia e poder agradecer por esse presente! Quanta personalidade. É admirável, sempre!

Quero falar um pouco mais do Giovannoni. Nessa seleção adulta desde 2000, um jogador cheio de qualidades e sempre muito criticado por pessoas, imagino, como eu, que assistem, acompanham, registram suas opiniões em blogs, mas que parecem não enxergar o trabalho e dedicação que esse jogador disponibiliza para o Brasil. Tudo bem que ele não é a estrela, mas cumpre seu papel, veste sua camisa, vibra e joga bem, como assim fez ontem em momentos importantes. Dividiu os rebotes com Rafael, aliviando um pouco o Tiago.

Mas o trabalho bem feito mesmo veio de Magnano. Os jogos anteriores do Brasil tiveram uma grande rotação da equipe. Chegava a ser irritante o troca troca de jogadores em momentos bons, quando uma vantagem poderia ser conquistada, e logo o rendimento mudava e as oscilações aconteciam. Nesse Brasil e Argentina foi diferente. Ele manteve o que funcionou, e isso, para a minha ignorância, me permite dizer que sim, ele sabe muito bem o que deve ser feito e como deve ser feito. O time ganhou confiança, o banco ganhou confiança e a torcida ganhou a oportunidade de acreditar em Londres 2012. Inteligência é para poucos.

Quanto ao Scola, imagino que os argentinos pensaram como nós: ele resolve, contra o Brasil ele resolve. E a responsabilidade foi depositada dessa forma, e correspondida. Em jogo anterior, contra a Venezuela, Scola fez 17 pontos, 4 rebotes. Contra o Brasil, 24 pontos e 11 rebotes. Ele tentou, errou, e Rafael aproveitou.

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